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O Brasil está surgindo como potência global, mas também como centro mundial do catolicismo, do pentecostalismo e de movimentos afro-americanos, afirmou o sociólogo José Casanova em entrevista concedida ao jornalista Rodrigo Cardoso e publicada pela revista IstoÉ no último dia 16 de março.
Considerado um dos mais respeitados sociólogos da religião da atualidade, Casanova visitou o Brasil neste mês de março. No Rio Grande do Sul, ministrou palestras para professores e estudantes de pós-graduação da PUC-RS, Unisinos e Faculdades EST, onde dissertou sobre o tema Religiões públicas e teologias públicas.
Na entrevista concedida à IstoÉ, Casanova sublinhou que o catolicismo vem perdendo espaço e que o individualismo constitui o princípio mais importante da formação da religião de uma pessoa no mundo moderno.
“Quando a religião é uma experiência imposta, pela instituição ou pela família, leva o indivíduo a querer livrar-se dela”, pontuou. Segundo o sociólogo, há pessoas que não encontram nas comunidades religiosas uma experiência criativa e pessoal, o que não significa que sejam agnósticas. Essas pessoas, disse, possuem uma identidade religiosa particular privada, um “sincretismo pessoal”.
Na avaliação do sociólogo, enquanto na Europa ser ateu é natural para um jovem, na América ser ateu para esse mesmo jovem exige coragem na medida em que precisará permanente lutar e defender a sua oposição diante de todos.
Ao estabelecer um comparativo entre o lugar ocupado pela religião na Europa e nos Estados Unidos, o sociólogo disse que para o europeu ser secular é considerado natural, enquanto os americanos relacionam sua experiência de modernidade ao renascimento religioso. “A religião é a mais política das instituições americanas, é o centro da vida política naquele país”, frisou.
Professor titular no departamento de sociologia da Universidade de Georgetown em Washington/D.C. e diretor do programa sobre “globalização, religião e o secular” do Center Berkeley, Casanova publicou vasta bibliografia sobre religião e globalização, migração e pluralismo religioso, religiões transnacionais e teoria sociológica.
Em sua obra-prima - Public Religions in the Modern World -, publicado em 1994, defende a ideia de que a religião estaria fadada a virar algo meramente privado e sem incidência pública.
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