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Os debates em torno do Tratado de Comércios de Armas (TCA), mercado que movimenta entre 50 e 100 bilhões de dólares anuais, deverá ganhar novo fôlego após a decisão da ONU de realizar uma grande conferência sobre o tema em março de 2013.
Negociações anteriores sobre o tratado, ocorridas numa Conferência Diplomática em julho, fracassaram depois que vários governos, inclusive o dos Estados Unidos, bloquearam o acordo ao insistirem em ter mais tempo para chegar a um acordo sobre o texto proposto.
Embora ciente do valor humanitário do tratado, o Brasil não desempenhou papel de liderança nas negociações deste ano, reafirmando sua posição enquanto país exportador de armamento para nações onde há abusos dos direitos humanos.
Representante da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) nas tratativas em prol da regulação do comércio internacional de armas, a pastora Marie Krahn disse que as negociações sobre o tratado não terminaram, “sendo muito importante orarmos e também exigir de nossos governantes para que o Brasil se posicione de maneira firme em favor de um acordo forte e eficaz”.
Marie explicou que a assinatura do tratado terá consequências diretas no Brasil, diretamente envolvido na transferência de armas para Israel, onde violações graves aos direitos humanos básicos afligem o povo palestino. “Cabe a cada um de nós reivindicar que o Brasil se posicione com firmeza e em voz alta a favor do TCA, junto com muitos outros países latino-americanos”.
Diretor do secretariado da Control Arms, Jeff Abramson emitiu nota reafirmando a necessidade de colocar o comércio de armas sob controle e assim, tornar o mundo um lugar melhor. Ele relatou que, na Síria, mais de 30 mil pessoas foram mortas “com armas e munições jorrando para dentro do país há meses”.
A coalizão Control Arms também manifestou sua preocupação quanto à decisão de produzir um acordo através da “regra do consenso”, colocando em risco anos de negociações.
Outra preocupação das entidades que defendem o acordo diz respeito à regulação e ao monitoramento do comércio de munições, mercado que envolve 4 bilhões de dólares anuais e que ainda não está devidamente incluída.
Números da Campanha do Control Arms indicam que 8 milhões de armas leves são produzidas por ano ao redor do mundo.
Jornalista responsável: Micael Vier Behs
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