EST é uma das 14 universidades parceiras do COPENE/Sul
A pesquisa acadêmica, para que tenha aplicabilidade social e política, precisa estar sintonizada às pessoas e aos saberes vivenciais que emanam de suas experiências concretas, disse a coordenadora da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), Dra. Georgina Nunes, em reunião preparatória do I Congresso dos/as Pesquisadores/as Negros/as da Região Sul (COPENE/Sul), realizada nesta sexta-feira, 17, na Secretaria Municipal de Educação (Smed), em Porto Alegre.
Agendado para os dias 24 a 26 de julho, em Pelotas, o encontro deverá reunir mais de 400 profissionais, estudantes e representantes de ONG’s em torno do tema “Lei 10639/03: Dez anos rompendo fronteiras territoriais, identitárias, culturais, sociais, acadêmicas e políticas no âmbito das relações étnico-raciais na região Sul”.
Coordenadora do Grupo Identidade da Faculdades EST, a Prof. Ma. Selenir Kronbauer integra o grupo de trabalho que, desde o ano passado, reúne-se periodicamente para organizar o encontro de Pelotas. Segundo ela, o COPENE representará uma oportunidade para avaliar os resultados da implementação do estudo da história e da cultura Afro-Brasileira no currículo da rede de ensino do Brasil na última década.
Na avaliação de Georgina, a Lei 10.639/03 tem fomentado discussões para além das fronteiras do sistema educacional, como em contextos de luta por titulação das terras quilombolas, dos movimentos de mulheres negras, de luta pela saúde integral da população negra, de direitos negados à infância e à juventude.
Secretária Adjunta Municipal de Educação, Maria da Graça Gomes Paiva ressaltou o ineditismo do COPENE/Sul. Segundo ela, essa será a primeira vez que representantes de mais de 14 universidades poderão dialogar com a sociedade civil e com as ONG’s em torno de questões étnico-raciais, de gênero, ambientais e de musicalidade. “Esse é um encontro emblemático e que contempla muitos eixos transversais à temática norteadora”, ressaltou.
Jornalista responsável: Micael Vier Behs
