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“Não precisamos cometer suicídio intelectual para sermos cristãos, porque a nossa fé busca compreensão”, destacou o professor da Universidade de Stellenbosch, na África do Sul, Dr. Nico Koopman, ao afirmar a necessidade da religião e da ciência “cantarem juntas um dueto” ao invés de duelarem entre si.
Koopmann participou, nesta quarta-feira, 12, de painel sobre as Tarefas da Teologia na América Latina, atividade inserida no contexto do I Congresso Internacional da Faculdades EST. A discussão foi mediada pelo reitor da instituição, Dr. Oneide Bobsin, e contou com a participação da professora do Luther College, Dra. Wanda Deifelt, e do presidente da Associação Mundial para a Comunicação Cristã (WACC), Dr. Dennis Smith, como debatedores.
Advindo da tradição reformada, Koopman enalteceu a importância da religião fomentar e promover a dignidade humana no contexto da integridade da criação. “A religião que gostaríamos de vivenciar na esfera pública também precisa conviver com a realidade dual, ou seja, reconhecer a diversidade de etnias, gêneros, confissões e nacionalidades”, frisou.
Oferecendo eco às declarações de Koppmann, Dennis Smith argumentou que o reconhecimento da diferença pode fazer com que encontremos em outra expressão de fé algo que nos complete, sem abandonarmos o específico da nossa própria religiosidade.
Ao direcionar sua mirada para o contexto latino-americano, mas também global, Wanda Deifelt disse que a teologia precisa promover a esperança, ser contextualizada, profética e dialogal. Além disso, pontuou, ela está diretamente relacionada aos espaços que ocupamos, seja o corpo físico, o corpo social, o corpo eclesiástico ou o corpo cósmico.
Na avaliação da professora do Luther College, pensar a teologia em termos dialogais significa ir ao encontro das diferenças para que “possamos pensar além daquilo que é previsto”.
Após participar de painel sobre tráfico humano, Wanda surpreendeu o público presente ao Auditório da EST ao afirmar que esta prática corresponde à segunda fonte de riquezas no mundo, atrás apenas do narcotráfico. “Identificar que essa realidade está ao nosso redor, sendo vivenciada inclusive aqui em São Leopoldo, também é tarefa da teologia”.
A conferencista encerrou sua participação afirmando que a teologia está desafiada a oferecer esperança diante de uma sociedade individualista, nomeando a realidade e tentando explica-la a todos.
O painel sobre as Tarefas da Teologia na América Latina foi animado pela apresentação musical do grupo Gingapraque, coordenado pelo professor da EST, Daniel Hunger.
Confira, clicando aqui, uma galeria de imagens do evento!
Jornalista responsável: Micael Vier Behs
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