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Sociedade do século 21 vive a pobreza do tempo


Sociedade do século 21 vive a pobreza do tempo

Apesar de o sistema capitalista ter criado soluções para todas as carências do mundo, e essas por vezes não se efetivarem por fatores essencialmente políticos, a sociedade atual vive a emergência da pobreza do tempo, disse o professor da USP, José de Souza Martins, na palestra de encerramento do I Congresso Internacional da Faculdades EST, na sexta-feira, 14.

“Nós não temos mais tempo para sanar as necessidades radicais da vida, como compartilhar afetos, conversar com os filhos e amar o outro”, lamentou.


Ao tentar compreender as determinações profundas que movem a sociedade brasileira ao longo do tempo, assim como os fatores que a imobiliza, o professor da USP disse que a religiosidade de consumo, trocável e descartável, está evidenciada no tópico das religiões do Censo de 2010. “Essa flutuação indica que a religião marca processos de reordenação social”.

Ao avaliar os números do Censo, Souza Martins alertou para um movimento de migração de fiéis das igrejas evangélicas históricas para pequenas igrejas, assim como para o aumento do número de pessoas que declaram ter fé, mas não ter religião. Além disso, frisou, continua a tendência de que o Brasil está deixando de ser um país católico, “se é que um dia foi”.

Na avaliação do sociólogo, as transformações no eixo das crenças e das convicções, que até então explicavam a sociedade, deve-se ao fato de o Brasil estar inserido no fim de um ciclo que durou em torno de 50 anos. Esse período, explicou, foi fortemente influenciado por imperativos políticos que se estenderam do regime militar à nova república, passando inclusive pelo lulismo.

Entre as afirmações polêmicas, Souza Martins disse aos estudantes e pesquisadores reunidos no auditório da Faculdades EST que o Brasil é um dos países em que se registra o maior número de linchamentos em todo o mundo. “O brasileiro é violento e cruel e não há regiões do país imune a essa prática”, denunciou.

A fragilização do sistema de normas e valores que regem a sociedade, assim como a descrença na justiça institucional poderiam, na avaliação do palestrante, explicar o número exacerbado de linchamentos no Brasil.

Entre 10 e 14 de setembro, mais de 200 pessoas estiveram reunidas em São Leopoldo para o I Congresso Internacional da Faculdades EST, evento que reuniu os diferentes núcleos e grupos de pesquisa da instituição para pensar em conjunto a temática Religião e Sociedade: desafios contemporâneos.

Jornalista responsável: Micael Vier Behs
Crédito da foto: Hélio Teixeira


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